Crescer Dói
- Varnei Campos
- 7 de ago. de 2019
- 3 min de leitura
Ao longo das nossas vidas e, principalmente, durante o desenvolvimento das nossas carreiras profissionais, onde atuamos no mundo corporativo e consequentemente passamos a conhecer centenas, ou até milhares de pessoas. Ocorre algo curioso que muitas vezes não nos damos conta.
Dessas muitas pessoas que conhecemos algumas, simplesmente, passam por nossas vidas não levando muito de nós e nem deixando muito de si. Outras ainda são mais marcantes, e as levamos em nossa memória pelas coisas boas que deixaram.
Infelizmente, nesse caminho, sempre há aqueles que, talvez tivéssemos desejado não ter conhecido. Contudo, se avaliarmos friamente, ainda assim, contribuíram para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.
No entanto, há pessoas que se tornam inesquecíveis, pela afinidade que se criou, pelos relacionamentos afetivos e pelo quanto aprendemos com elas.
Considero-me privilegiado pela quantidade de pessoas que marcaram, verdadeiramente, a minha vida e que deixaram aquele maravilhoso sentimento de gratidão e carinho.
Uma destas pessoas foi muito especial para mim, nos tornamos amigos, e ele me presenteou com um dos mais significantes ensinamentos que já tive.
Eu o conheci em uma empresa de telecomunicações onde eu exercia o cargo de Gestor de Riscos Corporativos, e ele, Coronel reformado do Corpo de Bombeiros, Cel. Amaral, ou como o chamávamos, Amaral, era o consultor da área de Prevenção e Combate a Incêndios, uma das tantas sob minha responsabilidade.
Certa vez, em um dos momentos que muito me marcou. Ele me disse que, “Crescer Dói”.
Conversamos e discutimos muito a sua ideia e o que ele pensava sobre isso.
Para mim, o que ficou como reflexão!
A dor do crescimento
É sabido que todo o processo de crescimento reflete em algum tipo de dor. Veja o nosso crescimento físico, por exemplo. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, na fase de crescimento compreendida entre 3 e 6 anos, é comum a criança sentir dores noturnas localizadas na parte anterior das coxas, canelas, panturrilhas e atrás dos joelhos.
Contudo, é evidente que o Amaral não se referia a esse tipo de dor, mas a de crescer como pessoa, como profissional.
A primeira vista isso pode parecer óbvio, mas, muitos são os reflexos quando ousamos sair dos nossos limites de segurança, quando saímos da nossa zona de conforto, e isso pode doer muito.
Entretanto, isso é somente uma questão de escolha. Em determinado momento se escolhe sair do limite que estabelecemos, devido ao conforto que nos proporciona, para aproveitar uma oportunidade que acreditamos que nos levará a outra fase ainda melhor, mas que também irá se transformar em outro limite de segurança ainda mais ampliado.
Porém, quando é proveniente de uma escolha, normalmente, encaramos como um novo desafio e seguimos em frente. Neste caso, a dor muitas vezes nem chega a incomodar.
Mas quando somos obrigados a ultrapassar o limite?
Talvez por uma mudança corporativa, uma situação inesperada que envolve as pessoas mais próximas a nós, ou mesmo, quando isso diz respeito a nós mesmos.
A dor maior vem do fato de precisarmos agir fora de nossos limites, quando não temos escolhas ou quando a vida escolheu por nós. Agir quando não sabemos muito bem o que fazer. Agir quando os riscos não são previstos ou calculados.
O fato é que nem sempre será possível retornar ao estado anterior e recuperar aquilo que não estávamos preparados para abrir mão.
Crescimento real e verdadeiro somente se dá quando agimos e encaramos o fato de que estamos evoluindo. E isso pode doer muito, pois, serão decisões importantes para encarar desafios que nunca ousamos pensar.
Lidando com a dor
Então, o que se pode fazer, tem como amenizar, remediar a dor do crescimento?
Existe um exercício que aprendi ao longo da minha carreira e que talvez não seja suficiente para estancar a dor, mas, sem dúvida é de muita valia.
Seja qual for à mudança que se apresentar a sua frente, escolhida ou não. Antes de se lamentar, desesperar e esvair em dor experimente uma alternativa.
Faça o seguinte exercício! Pense em três coisas positivas que a nova situação irá lhe trazer, agora, se apegue a elas até que, também, se tornem o seu novo limite de segurança.
As mudanças podem ser inevitáveis, mas, sofrer por isso é uma opção.
Então, aproveite a jornada!
As grandes mudanças ocorrem com movimentos coletivos e simples. Pense nisso!
Estou feliz em te ver aqui!
Varnei Campos
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