Individualidade – A distinção do ser
- Varnei Campos
- 12 de jun. de 2019
- 3 min de leitura
A individualidade é o que distingue uma pessoa da outra. É o que nos faz únicos.

Entretanto, carregamos uma cultura escravizante herdada principalmente por dogmas religiosos. A de sempre pensar primeiro nos outros colocando a nossa vontade pessoal, e muitas vezes a nossa individualidade, em segundo plano.
Estou certo que dependendo do que cada um acredita, há pessoas que irão defender essa cultura com muita veemência.
Mas será que existe mesmo tanta nobreza em colocar os outros sempre em primeiro lugar? Será que as pessoas realmente praticam essa crença?
Pessoas que pensam primeiro em si são chamadas de egoístas. Contudo, o egoísmo faz parte da natureza humana, assim como a conveniência. E não há nada de errado nisso, afinal, somos seres individuais, temos nossa própria vontade e é saudável pensar e querer coisas que nos fazem bem.
A individualidade da Dona Maria
Conheço uma senhora, idosa, religiosa, que constituiu ao longo da vida uma tradicional família. Casou-se, hoje é viúva, têm filhos, nora, genros e netos também.
Ela exibe orgulhosa a sua família e demonstra um coração de bondade ao pensar sempre em seus filhos e netos antes de si mesma. Tudo muito lindo e divino.
Contudo, essa demonstração de bondade limita-se a apenas aos seus filhos e netos. Nem mesmo sua nora e genros estão no alvo da sua generosidade.
Naturalmente que ela não se considera uma pessoa egoísta, afinal, ela nunca pensa nela antes de pensar nos filhos e netos.
Será mesmo que as pessoas que se intitulam altruístas, realmente o são?
Você em primeiro plano
Você já parou para pensar que sempre que somos chamados de egoístas é por que querem alguma coisa de nós? Ouço as pessoas dizendo: “... você é egoísta, só pensa em você, só quer as coisas para você.”.
Normalmente, quem nos chama de egoístas é porque, na verdade, quer alguma coisa para elas mesmas. Portanto, se faz verdadeiro dizer que essa característica é nativa e também natural nos homens.
Desta forma, é fato que nos ensinaram, principalmente em nossa infância, que devemos ser generosos com os outros e praticar o altruísmo como filosofia de vida em detrimento a nós mesmo.
Mas isso não é natural da raça humana. Nossa essência é egoísta e boa parte das demonstrações de altruísmo é gerada por conveniência.
O que normalmente pensamos sem deixar que ninguém perceba? “... em que eu poderei me beneficiar se eu pensar primeiro no outro nessa situação?”.
Essa é uma realidade cruel para muitas pessoas que dificilmente admitiriam tal heresia consigo mesmas.
Entretanto, esse é somente um exemplo das crenças limitantes que carregamos e divulgamos como verdades absolutas.
Somos seres únicos
Não posso dizer que o altruísmo e a generosidade são práticas equivocadas do nosso comportamento. Afinal, são condições fundamentais do comportamento humano e que devem sim ser praticadas.
Mas, creio que sempre existirão momentos e situações oportunas para suas práticas. Assim como, momentos e situações que devemos pensar em nós mesmos sem qualquer sentimento de culpa.
Pensar em si mesmo é um sinal de autoestima elevada, e extremamente necessário para criar condições pessoais favoráveis para os momentos de altruísmo e generosidade.
As pessoas só conseguem praticar o bem com os outros, quando elas mesmas estão bem consigo mesmas.
Somos seres únicos! Pratique o egoísmo e a sua individualidade, convenha-se das coisas que lhe fazem bem.
O bem estar pessoal é o caminho para um comportamento humanitário autêntico.
Então, aproveite a jornada!
O que você achou do texto? Se fizer sentido para você, comente, compartilhe com os seus amigos!
As grandes mudanças ocorrem com movimentos coletivos. Pense nisso!
Estou feliz em te ver aqui junto comigo!
Varnei Campos



Comentários